quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

JESUS COMO CRIANÇA

LUCAS 2:39-52

Versículo para memorização - Lucas 2:40
Os versículos acima representam a única passagem na Bíblia que nos dá alguns detalhes sobre Jesus Cristo quando criança. É, porém, uma passagem rica em ensinamentos mesmo que Deus deixou muita coisa, que aparentemente vai além do nosso entendimento, sem explicação.
Primeiro, podemos ver, em Lucas 2:40, que enquanto Jesus cresceu corporalmente, Ele cresceu também vigorosamente em espírito. Sabemos, então, que Suas limitações auto-impostas não eram apenas físicas como também mental e espiritual. Podemos ver ainda que era uma criança decorosa, não pervertida como nós, mas dotada com a graça de Deus. Nunca foi rebelde ou desobediente, mas sempre se sujeitou a seus pais.
Depois de José e Maria, aceitos como Seus pais terrenos, terem retornado do Egito para Nazaré, passaram a ir todo ano a Jerusalém para adorar ao Senhor na Festa da Páscoa, como era costume dos judeus. Quando o Senhor tinha doze anos, Ele, durante essa viagem, entrou em discussão amigável com os líderes religiosos em Jerusalém. Esses homens ficaram absolutamente maravilhados com Seu profundo conhecimento de coisas espirituais, tanto em relação às questões que fazia como as respostas que podia dar.
Essas peregrinações anuais a Jerusalém eram feitas por grupos familiares grandes. Por isso, Maria e José enganaram-se esperando que Ele estivesse entre as crianças do seu grupo. Ficaram surpresos e angustiados quando, depois de um dia de viagem, encontram-no perdido. Retornaram a Jerusalém e, quando O encontraram, Maria O repreendeu. Jesus, porém, não estava sendo desobediente, mas esperava que eles soubessem de Seu ardente desejo de fazer a obra de Deus.
Jesus então retornou com Seus pais a Nazaré. Foi obediente (Lucas 2:51) e desenvolveu-se, crescendo em sabedoria e estabelecendo um bom testemunho entre aqueles ao Seu redor.

JESUS EM SUA INFÂNCIA

MATEUS 1:18-25; LUCAS 2:1-19


O mais estranho e incomparável bebê já nascido sobre a terra foi Jesus. Não tinha aparência diferente; não havia nenhuma aureola em Sua cabeça, ou de Sua mãe. Apenas algumas pessoas a quem Deus havia dado revelação direta sabiam que Ele era especial. Isso ocorreu em perfeita consonância com a profecia de Isaias 53:2, que nos conta que Ele seria como ?raiz de uma terra seca; não tinha beleza nem formosura?. Isso significa que não haveria nada humanamente espetacular acerca dEle. Seus pais evidentes eram pobres, o lugar onde nasceu foi uma manjedoura. Ele obviamente sofreu todas as dores, necessidades e desconfortos naturais de qualquer bebê judeu pobre daquela época e mais o desconforto e perseguição necessários de uma viagem de fuga para o Egito.
O mais estranho é que esse bebê era Deus. Ele era o criador de todas as coisas, o dono de tudo, o sustentador de tudo. Não parece inacreditável que o Todo Poderoso fosse um bebê que não pudesse falar e não pudesse alimentar a Si próprio? Deveria chorar quando tivesse com fome ou a cólica, e deveria depender de Suas próprias criaturas para suprir suas necessidades e cuidá-Lo.
Isso tudo só é verdade de um ponto de vista humano. Ele, como Deus, escolheu tomar para Si esse corpo infantil de carne e sofrer a humilhação de ser tal ser humano. Sujeitou-Se a Si mesmo às limitações e necessidades humanas. Sujeitou-Se a Si mesmo às leis de Deus, às leis que Ele mesmo deu à humanidade, para que Ele pudesse obedecer e cumpri-los e então morrer sobre a cruz do Calvário para nos dar aquela justiça, que só Ele tem e pode dar. Não podemos compreender esse grande ato de Deus tornar-se um bebê, um homem, e, então, um Salvador, mas podemos regozijar por isso. A encarnação, vida, morte, ressurreição, ascensão e retorno de Cristo são sobrenaturais e devem ser aceitos pela fé, sobre a autoridade da Palavra de Deus. Essas verdades são reais e preciosas para você?

NINRODE E A TORRE DE BABEL

GÊNESIS 10:8-12, 11:1-9


Já se sabe sobre o Cão, sobre quem Deus pronunciou uma maldição. O filho mais velho de Cão era Cuxe. Cuxe teve um filho chamado Ninrode. Ninrode foi uma pessoa poderosa e muitas pessoas o seguiram, tendo-o como líder. Alguém poderia perguntar como podia haver tantas pessoas a seguir aquele que é apenas o neto de Cão. Mas, se você olhar a idade de Sem quando morreu e a idade com que seus filhos tiveram filhos, você pode ver que até Cão chegar a 600 anos e seu neto Ninrode chegar a quatrocentos ou mais, havia, apenas entre as descendentes de Cão, milhares de pessoas vivendo sobre a terra.
Ninrode era um homem como Caim. Escolheu unir-se a Deus e o céu pela obra das suas mãos, então propôs a construção de uma torre. Era para ser um lugar de adoração universal. O povo falaram todos a mesma língua e Ninrode raciocinaram que poderiam unir-se religiosamente e politicamente pela força. O trabalho que começaram (a torre de Babel) é uma das grandes maravilhas do mundo. Era colossal em tamanho, podendo ser comparada às grandes pirâmides do Egito ou do Velho México. Era para ser um lugar de adoração e idolatria. Mais tarde, essa cidade tornou-se Babilônia, que é um símbolo de tudo aquilo que é contra o povo de Deus. Muitos dos emblemas, estátuas e idéias que fazem parte de religiões hoje vieram da civilização idólatra de Ninrode. Até o livro de Apocalipse fala da Babilônia como símbolo da religião Satânica (Apocalipse 17).
O problema com a idéia de todos os homens juntarem seu governo, religião, língua etc. é que Deus não tolerará isso. Idéias de um mundo agrupado são de Satanás e não de Deus. Deus quer que os homens dependam Dele, e não de um a outro. Ele quer que O adoremos em espírito e em verdade, e não a estátuas, cruzes ou prédios. Por isso, Deus veio e confundiu a língua e, assim, não podiam entender uns aos outros. Sua obra parou e espalharam-se por toda a terra para povoá-la, como Deus lhes havia dito inicialmente.
Hoje em dia os homens ainda estão tentando chegar a um governo mundial e estabelecer uma religião mundial. Opor-se a esses esforços é perigoso, porem os cristãos devem resistir isso, sabendo que é de Satanás.

SEM, CÃO E JAFÉ

GÊNESIS 9:1-10:8

Depois que o dilúvio terminou e a arca foi abandonada, Noé construi um altar e fez oferendas de animais limpos a Deus. Essas oferendas foram uma confissão simbólica do pecado de Noé e da sua fé de que um dia Deus mandaria Cristo para morrer por esse pecado. A verdadeira natureza pecaminosa de Noé é logo reconhecida, como veremos.
Nesse tempo Deus abençoou Noé e seus filhos, Jafé (o mais velho), Sem (o do meio) e Cão (o mais jovem). A eles foi dito o mesmo que a Adão, "Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra".
Foi-lhes dado domínio sobre todos os animais e permissão de matar e comer, mas foi-lhes avisado para não beber do sangue. Deus deu-lhes também a lei da pena de morte.
Depois disso, Noé plantou uma vinha, fez vinho e embebedou-se. Seu pecado trouxe grande tristeza sobre sua descendência, pois Cão pecou contra seu pai, durante a bebedeira. Isso trouxe uma maldição sobre Cão e sua descendência por todas as gerações vindouras.
Quando Cão olhou para a nudez de Noé e riu do seu pai velho, Jafé e Sem pegaram um cobertor e, andando de costas, cobriram-no. Noé então profetizou o julgamento de Deus sobre Cão. Disse que a descendência de Cão seja serva das descendências de Jafé e Sem (Gênesis 9:26-27). Cão teve 4 filhos. O mais velho se chamava Cuxe, que significa preto. Sua semente povoou a Etiópia. O segundo era Mizraim, que significa terra. Sua semente povoou o Egito. O terceiro filho era Pute, que significaum arco. Sua descendência povoou a terra dos fenícios e dos cananeus. Quando Noé disse que Canaã fosse amaldiçoada, não significava Canaã apenas, mas toda a extensão de Canaã, o filho mais novo de Cão, ou todos os filhos de Cão, até o próprio Canaã. Você pode ver da miséria em que essas nações se encontram hoje que isto é a maldição de Deus e que ainda esta se mantendo. Não podemos removê-la nem estamos autorizados a reforçar a miséria.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

HERODES O GRANDE

MATEUS 2


O homem a que se refere nessa passagem é conhecido como Herodes o Grande. Era sábio na área de economia e outros tais assuntos e foi quem construiu o templo de Jerusalém. Havia começado como governador do sul da Síria e avançou até tornar-se rei de um grande território. Era cruel e sanguinário. Quando morreu, seu reino foi dividido entre seus filhos: Arquelau, Antipas e Filipe.
Provavelmente o mais cruel dos atos de que se tem notícia sobre Herodes o Grande encontra-se no capítulo que lemos. Quando os magos que vieram do oriente chegaram a Jerusalém, sabendo apenas que havia sido profetizado para o recém nascido ser rei dos judeus, naturalmente foram a Herodes, o rei. Aparentemente não sabiam que Herodes era rei por manipulação política e não porque tinha propriamente parentesco sangüíneo com o trono de Davi.
Herodes viu a notícia do !rei novamente nascido? como uma ameaça à sua posição, autoridade e reinado. Seu primeiro pensamento foi matar a criança quem quer que fosse e onde estivesse. É por isso que, fingindo também desejar ir e adorar, instruiu os magos a retornar e instruí-lo onde estava Jesus. Deus, conhecendo os planos corruptos de Herodes, instruiu os magos através de uma visão num sonho a partir em outra direção, e assim o fizeram.
Quando Herodes viu que Deus havia arruinado seus planos e que não havia meio de saber quem era a criança, determinou que essa criança deveria morrer. Relembrando-se de que os magos tinham lhe falado que viram a estrela pela primeira vez há uns dois anos, Herodes enviou seus soldados à Belém e vizinhança para matar todos os meninos que tivessem dois anos ou menos. Esse ato impiedoso foi um cumprimento da profecia de Jeremias. Jesus, no entanto, estava no Egito nessa época porque Deus havia alertado José em um sonho.
Esse ato cruel de Herodes foi apenas um de uma longa seqüência de atentados da parte de Satanás para impedir o nascimento e a obra de Jesus Cristo. Você pode encontrar muitas outras dessas tentativas no Velho Testamento. O desejo de Satanás nunca tem mudado. E assim se mantém até hoje.

OS MAGOS

MATEUS 2:1-12

Quando Jesus nasceu aconteceram muitas coisas estranhas, e o mesmo se deu quando Ele morreu. Você deve lembrar-se de ter ouvido sobre os pastores que receberam o comunicado por meio dos anjos e que ouviram o louvor celestial de boas vindas.
Havia magos, homens muitos sábios, numa terra distante que estudavam as Escrituras e que também eram muito instruídos em astronomia. Quando Jesus nasceu, viram uma estrela singular e nova que nunca tinham visto antes e, de algum modo, sabiam que o Messias tinha nascido. Carregaram seus camelos com suprimentos e presentes e deram início a uma longa viagem que provavelmente ocupou-os por dois anos.
Muita da tradição nos engana em relação a esses magos. Temos apenas os presentes para indicar o número dos magos e isso é um argumento fraco. Nos presépios é comum ver os magos perto da manjedoura; mas esses homens provavelmente chegaram dois anos mais tarde.
Quando chegaram em Jerusalém, foram ao rei, porque sabiam que aquele que tinha nascido era, segundo a profecia, o justo rei dos judeus. Supunham que Herodes saberia do acontecimento e provavelmente presumiam que ele estaria regozijando assim como eles. Ao contrário, Herodes ficou muito perplexo, temendo que pudesse perder seu trono. Chamou os escribas e sacerdotes e perguntou-lhes onde o Cristo deveria nascer segundo a profecia e responderam Belém. Instruiu os magos a retornar e dizer-lhe onde estava Jesus, fingindo que o queria adorar também. Os magos partiram e foram de Jerusalém a Belém, e a estrela indo adiante deles, parou e se deteve sobre a casa em que Jesus estava. Entraram na casa e adoraram o Senhor Jesus e deram-lhe presentes reais de ouro, incenso e mirra.
Quando partiram, não retornaram a Herodes como ele os havia instruído porque Deus os havia advertido em um sonho. Por essa razão, retornaram senão a sua terra natal por outro caminho.




NOÉ

GÊNESIS capitulo 5 a 8

Vamos voltar na história. Havia passado 1.536 anos depois da criação de Adão. Adão já tinha morrido há 606 anos. Como os homens e mulheres viviam muitos anos e tinham muitos filhos e filhas, certeiramente havia milhões de pessoas sobre a terra. Essas pessoas desenvolveram civilizações avançadas, mas havia um problema terrível. Todos herdaram o pecado de Adão, que ele tomou para si no jardim do Édem. Tornavam mais pecadores continuamente e pensavam em coisas perversas todo o tempo, fazendo que a terra se enchia de violência.
Enquanto Deus olhou para essa cena má, disse, "Vou destruir toda a carne que existe sobre a terra com um dilúvio". Deus decidiu, porém, salvar algumas poucas pessoas para repovoar a terra. Deus estava planejado isso por gerações, e tinha um homem que Ele tinha guardado para essa tarefa ainda antes do seu nascimento, e tinha cuidado justamente para esse propósito. O nome desse homem era Noé. Deus cuidou que os antepassados de Noé tinham se casado apenas com a linhagem sanguínea de Sete. Então, Noé vinha de gerações puras, pois achou graça aos olhos de Deus.
Noé teve três filhos: Sem, Cão e Jafé. O plano de Deus era salvar esses quatro homens e suas esposas para povoar a terra depois do dilúvio. Então, Deus instruiu Noé a construir uma arca com madeira de gofer. Essa grande embarcação carregaria Noé, seus filhos e amostras de todos os animais que viviam sobre a terra, durante o dilúvio. A arca teria 137 metros, quase um quarteirão e meio. Teria 23 metros de largura por 14 metros de altura. Tão alta quanto um prédio de quatro andares.
Deus disse a Noé para começar a construção quando tivesse 480 anos, aproximadamente 20 anos antes de nascer seus filhos e disse-lhe que teria 120 anos para construir essa grande embarcação antes que o dilúvio viesse.
Quero repetir uma verdade que é óbvia nas Escrituras. Noé não recebeu graça por causa de seus feitos, mais ele os fez porque Deus tinha dado a Noé essa graça.

Saltamos no tempo para 1.656 anos depois da criação de Adão. A terra estava repleta de violência por causa da iniqüidade do homem. Deus tinha avisado que destruiria a terra com um dilúvio, mas poucas pessoas creram nisso, porque nunca tinha chovido sobre a terra. A terra tinha sido molhada até então apenas por uma garoa.

Houve um homem chamado Noé que acreditou em Deus. Trabalhou durante 120 anos construindo um grande navio ou barco chamado arca, até que a concluiu. Noé tinha agora 600 anos e, certo dia, Deus disse: "Noé, pegue tua família e todos os animais como eu tenho ordenado e coloque-os na arca, porque daqui a sete dias mandarei um grande dilúvio". Então Noé foi trabalhar. Pegou catorze representantes de todos os animais e aves limpos, sete machos para sete fêmeas e os colocou na arca. Pegou também quatro representantes de cada animal não limpo e os pôs na arca, dois machos para duas fêmeas. Esse trabalho demorou sete dias e, quando terminou, Deus fechou as portas da arca e a selou.
Fora da arca os relâmpagos começaram a reluzir e o trovão começou a rugir. A chuva caiu em abundancia e a água subiu da terra. Havia água em todo lugar. A chuva caiu por quarenta dias e quarenta noites continuamente até que todas as montanhas estivessem cobertas e tudo na terra tivesse morrido. A terra ficou sob água por 150 dias, e depois a água começou a baixar.
Então, certo dia, Deus ordenou que a água começasse a secar, infiltrando-se na terra. Noé soltou um corvo e um pombo. O pombo retornou, então Noé sabia que havia ainda muita água para sair da arca. Na segunda vez, o pombo retornou com uma folha de oliveira. Na terceira vez, não retornou. Então Noé soube que a terra estava seca. Ao todo Noé ficou na arca um ano e dez dias.
Na opinião de muitos cientistas respeitados, a arca está preservada até hoje num cume de gelo sobre o Monte Ararate. Durante cinqüenta anos os governos comunistas se recusados a permitir a exploração, porém, mais de duzentas pessoas testemunharam terem-na visto.

ENOQUE E METUSALÉM

Gênesis 5:24

Enoque e seu filho Metusalém são dois personagens interessantes e importantes na Bíblia. Metusalém é o homem mais velho reportado na Bíblia. Viveu 969 anos, enquanto seu pai, Enoque, foi trasladado ou arrebatado por Deus quando tinha 365 anos, muito mais jovem do que a idade de qualquer homem registrado antes do dilúvio. Enoque significa "professor" e Metusalém significa "homem do dardo".
Quando Metusalém tinha 187 anos, nasceu seu filho Lameque. Quando Lameque tinha 182 anos, nasceu Noé. Quando Noé tinha 600 anos, veio o dilúvio. Somando as idades dos três, temos 969 anos, o que nos mostra que Metusalém morreu pouco antes do dilúvio e Lameque, o pai de Noé, morreu quando tinha 777 anos, apenas 5 anos antes do dilúvio. Foi profetizado nos dias de Metusalém que depois de sua morte viria a enchente ou o dilúvio.
Enoque é um personagem bíblico importante por duas razões. Primeiro porque andou com Deus (Hebreus 11:5 nos ensina que isso foi pela fé). Ele também é importante porque foi trasladado antes do dilúvio, que nem os homens de Deus que estarão vivos quando Jesus voltar e que serão arrebatados antes da tribulação. O pai de Enoque, Jerede, foi o segundo homem mais velho registrado na bíblia. Viveu 962 anos.
Metusalém foi um homem importante nos planos de Deus e aparentemente carregou a verdade da justiça e o julgamento de Deus, depois que Enoque (o professor) foi trasladado, até o dilúvio. Durante 120 anos viu a arca sendo preparada, mas fez o seu trabalho dado por Deus e morreu antes que o dilúvio viesse. Quando você considera quantos anos um homem vivia naquele tempo, da para imaginar quantos filhos tinham e quantas pessoas havia na terra. Até aqui, você deve ter lido o nome de 7 homens que viveram mais de 900 anos. Veja se consegue listá-los.
Os homens do tempo de Metusalém viviam treze ou quatorze vezes mais do que nós. Será que os animais também viviam tanto tempo? Se sim, que tamanho teriam os répteis (que crescem a suas vidas inteiras)?

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

MARIA

LUCAS 1:26-56; 2:4-7

Versículo para memorização - - Lucas 2:19
Muitos estudiosos da Bíblia acreditam que Maria tinha só aproximadamente 16 anos quando estava desposada a casar com José. Não tenho certeza disso, mas é totalmente possível uma vez que não era incomum mulheres judias se casarem tão jovens.
A árvore genealógica de Maria é apresentada em Lucas 3:23-38. Do começo ao fim as Escrituras dizem-nos que Maria deveria ser uma virgem e assim foi quando Jesus nasceu. Nada mais se diz sobre seu caráter. Não há dúvidas de que Deus escolheu uma pessoa pouco conhecida para dar à luz Seu Filho a fim de que fosse vista toda a glória disso sendo dada a Deus e não ao homem. (Veja Isaias 53:2.)
Não há nada nas Escrituras que indique que ela deva ser reverenciada ou adorada de alguma forma. O Senhor não fez isso, e nem mesmo os Seus discípulos. Na verdade, você não encontrará em lugar nenhum da Bíblia uma situação em que alguém demonstrou qualquer consideração particular a ela, exceto para compartilhar seu regozijo, pelo fato de Deus tê-la escolhido para dar à luz o Messias.
Quando o anjo Gabriel veio a Maria na cidade de Nazaré, para anunciar que daria à luz um filho, ela ficou muito surpreso pois não era casada e sabia que, por isso, naturalmente não poderia dar à luz um bebê. Gabriel anunciou que ela era grandemente favorecida por Deus e daria à luz um filho como resultado da obra sobrenatural do Espírito Santo.
Foi-lhe comunicada a concepção de João o Batista através de sua prima Isabel e que o nascimento do filho de Isabel ocorreria seis meses antes que o dela. Levantou-se e foi para a região montanhosa de Judá para visitar sua prima Isabel. Regozijaram-se juntas ao considerar a maravilhosa maneira pela qual Deus as havia abençoado. Maria sabia que as gerações futuras iam chamá-la de abençoada. Isto, é claro, deveria ser adoração a Deus, e não a Maria, pois foi Deus que atuou, e não Maria.
Maria retornou para casa depois de três meses desde sua visita a Isabel. Isso deve ter ocorrido pouco tempo antes do nascimento de João o Batista.

Autor: Pr Forrest Keener
Tradução: Albano Dalla Pria
Revisão: Daniel Aaron Gardner
Edição: Calvin Gardner
Fonte: www.palavraprudente.com.br 

Uma avaliação bíblica da vida espiritual

Published by Anônimo on 15/07/2015

“E vê se há em mim algum caminho mau…” (Salmo 139:23, 24).
As seguintes perguntas devem ser respondidas “sim” ou “não”.
Conforme a pergunta, a resposta “sim” ou “não” poderá indicar que existe pecado na vida que deve ser confessado, e deverá haver alguma mudança na sua vida! Não adiantará descobrir o problema se não estiver disposto (a) para mudar! (I João 1:9 ; Prov. 28:13)
  • Mateus 6:12 , 14e15 -> Perdão
    1. Você tem mágoa de alguém? (não perdoa?)
    2. Tem inveja de alguém? (não gosta de ouvir certas pessoas elogiadas?)
    3. Justifica as suas atitudes duras?
  • Mateus 6:33 -> Prioridades
    1. Cristo vem primeiro nas decisões?
    2. Outras coisas ou pessoas impedem sua total entrega para servir Deus? (“Eu”, ambição, prazer, familiares, amizades, dinheiro, planos pessoais, etc…)
  • Marcos 16:15 -> Evangelismo
    1. Sou boa testemunha?
    2. Busco as almas?
    3. Dou escândalo?
  • João 13:35 -> Amor
    1. Você fica contente vendo desgraça na vida de certas pessoas?
    2. Você costuma brigar, gritar, e exaltar-se? (participa de contendas e divisões?)
    3. Você ignora, de propósito, certas pessoas?
  • Atos 20:35 -> Dinheiro, Tempo, Talento
    1. Você costuma roubar Deus do seu dízimo, do seu tempo, dos seus talentos?
  • I Coríntios 4:1e2 -> Mordomia
    1. Você é fiel aos compromissos?
    2. Pode-se contar com você?
  • I Coríntios 6:19e20 -> Santificação Pessoal
    1. Você cuida bem do corpo? (respeita-o como templo do Espírito Santo?)
    2. Come ou bebe sem moderação?
    3. Tem hábitos que prejudicam e contaminam o templo do Espírito Santo? (drogas, fumo, bebidas, e imoralidades que contraem doenças?)
    4. Tem hábitos mentais que contaminam seu espírito? (assistindo programas, filmes, leituras, ou ouve conversas.)
  • I Coríntios 10:31 ; 15:10 -> O “Eu”
    1. Você costuma levar a honra de qualquer ação ou qualidade pessoal?
    2. Costuma falar dos seus feitos e não do que Cristo fez por você?
    3. Você gosta de falar mais sobre “eu”, “meu”, ou “mim”?
    4. Você finge ser o que não é?
  • Efésios 4:28 ; I Tess. 4:11e12 -> Negócios
    1. Você costuma desperdiçar o tempo do patrão? Seu próprio?
    2. Capricha no serviço?
    3. Procura evitar pagar dívidas? (é relaxado no pagamento?)
  • Efésios 4:31 -> Atitudes
    1. Você costuma queixar-se?
    2. Você costuma criticar e por defeito?
    3. Você tem pavio curto?
    4. Leva raiva e mágoa no coração?
    5. Impacienta-se facilmente com outros? È grosseiro ou áspero?
    6. Mostra amor mesmo quando não é retribuído?
  • Efésios 5:15-17 -> Tempo
    1. Como usa o seu tempo? (Sabe valoriza-lo?)
    2. Gasta muito tempo assistindo TV? (ou rádio, lendo revistas, e literaturas fúteis?)
    3. Você acha necessário procurar se satisfazer por diversões mundanas?
    4. Você ocupa seu tempo com atividades que mostra não estar satisfeitos com Cristo?
  • Efésios 5:20 -> Agradecimento
    1. Dá graças a Deus por tudo mesmo?
    2. Duvidou da bondade de Deus?
    3. Fica angustiado, ansioso, e anda cheio de preocupações, sem confiança nos cuidados de Deus?
  • Filipenses 1:21 -> Objetivos
    1. O seu viver é ocupado totalmente pelos cuidados da vida?
    2. Você acha prazer nas “coisas” mais do que em Cristo e sua palavra?
    3. Tem algo na sua vida mais importante do que viver para Cristo e agradá-lo em tudo?
  • Filipenses 2:14e15 -> Língua
    1. Você sabe controlar a língua para não prejudicar os outros?
    2. Fala mal dos outros por trás?
  • Filipenses 4:4-7 -> Louvor (Salmo 34:1)
    1. O que é a verdadeira fonte da sua alegria?
    2. Está revoltado quanto à maneira em que Deus conduz a sua vida?
    3. Costuma entregar seus cuidados e motivos de preocupação a Deus?
    4. Anda com queixas ou com louvores na boca?
  • Colossenses 3:9 -> Sinceridade
    1. Você mente? (torce a verdade?)
    2. Aumenta?
    3. Engana? Rouba? Deixa pagar salário justo?
  • II Timóteo 2:20-22 -> Pureza
    1. Você pratica hábitos que não são puros?
    2. Abriga pensamentos impuros no coração?
    3. Lê livros, revistas, etc… que tratam de assuntos impuros ou imorais?
    4. Assiste ou participa de diversões impuras?
  • Hebreus 10:25 -> Assiduidade ou Didelidade
    1. Você assiste todos os cultos da sua igreja?
    2. Você conversa ou pensa em outras coisas enquanto estiver ouvindo a pregação da palavra de Deus?
    3. Você ora, lê, e medita na Bíblia diariamente? (a palavra de Deus é-lhe interessante?)
    4. Realiza, com a família, orações e meditações na palavra de Deus diariamente?
  • Tiago 1:27 -> Testemunho
    1. Seu testemunho ficou manchado pelo mundo? (Apoc. 3:4e5)
    2. Como está a sua maneira de vestir?
    3. Existe qualquer coisa que manche seu testemunho diante dos incrédulos?
  • Hebreus 13:17 -> Submissão à Autoridade
    1. Você aceita a liderança e direção daqueles que tem cargo na igreja?
    2. Você é preguiçoso e indisposto a cooperar quando lhe pedem sua ajuda?
    3. Você tem espírito teimoso que não aceita se ensinado? (se julga mais sábios do que seus líderes espirituais?)
  • Tiago 4:6 -> Humildade
    1. Você se julga um crente espiritual?
    2. Você teimosamente ensiste nos seus direitos particulares?
  • Tiago 4:11 -> Apoio à Obra
    1. Você tem impedido a obra de Deus criticando os seus servos?
    2. Deixou de orar pelos pastores e líderes?
    3. Você se ofende pela repreensão da palavra?
    4. Você resiste os esforços de quem procure corrigir e restaurar sua vida espiritual?

Três tipos de oração bíblica

Published by Manuel Seymour on 04/08/2015

A maior parte dos cristãos entra precipitada na oração sem considerar a maneira, o propósito, o contexto, ou as conseqüências das suas orações. Demais vezes encaram a oração como encaram apressadamente o cardápio do restaurante de fast food. Logo pedem o que não querem o que não satisfarão mas, são apressados demais ir pra casa para preparar uma refeição equilibrada que seria mais satisfatória e nutritiva. As conseqüências são obesidade e falta de boa saúde. Este quadro representa a vida de oração da maioria. Porém, as orações bíblicas são designadas com propósito, são equilibradas, realizadoras e cheias de nutrição. A Bíblia nos dá três tipos de oração para o santo entrar na presença de Deus.
O primeiro tipo de oração e o mais comum pelas Escrituras é da palavra grega proseukhe (#4335, Strong’s). Este tipo de oração é uma busca para falar com Deus por causa da devoção por Ele. Carrega a idéia de respeito reverencial com calmaria. É de buscar contato com Deus com o reconhecimento que está entrando na presença literal da santidade absoluta. Neste estado de oração, entendemos que não temos as mesmas liberdades da vida corriqueira, ou as liberdades que acostumamos ter entre as paredes do nosso próprio lar onde dominamos. Devoção a este tipo de oração faz-nos pisar com um maior grau de reverência a terra santa diante do trono do Deus Todo-Poderoso. Examine Lc. 6.12; At. 1.14; 2.42.
O segundo tipo de oração vem pelo estudo da palavra deesis (#1162, Strong’s) que expressa a nossa necessidade, urgência ou desejo para ajuda especial. Reconheça a nossa incapacidade e insuficiência. Não trata de uma lista cheia de desejos carnais. É a entrega de um pedido urgente e biblicamente válido. Examine Lc. 1.13; Rm. 10.11; II Co. 9.14.
O terceiro tipo de oração é enieuxis e entugchano (#1783 e 1793, Strong’s). Esta oração é intercessão para o bem dos outros e com boa confiança. É uma intervenção proposital. Examine Rm. 8.27, 34; 11.2; I Tm. 2.1; 4.5; Hb. 7.25. Às vezes essa palavra grega é traduzida simplesmente como intercessão invés de oração intercessora.
Aprendendo a orar corretamente é saber lutar a guerra espiritual. Oração não deve ser desperdiçada. Cristãos devem aprender a respeitar e confiar em oração. A oração bíblica não é uma exposição de palavras grandiosas proferida numa linguagem corporal extravagante. A oração bíblica busca somente os ouvidos e os olhos de Deus. Seu propósito é assegurar a atenção do Deus santo e eterno tal oração é executada com a maior reverência devida a Ele. Oração eficaz depende destes três tipos de oração bíblica.
Tradução livre com permissão do autor: Calvin G. Gardner, 12/2009

INTRODUÇÃO AO NOVO TESTAMENTO

O Novo Testamento é o Velho Testamento revelado bem como o Velho Testamento é o Novo Testamento escondido. Conhecer o Velho Testamento ajuda o aluno, da Bíblia, a entender muitas alusões e referências feitas no Novo Testamento (Veja Lucas 24.27-45 e as comparações do livro de Levítico com Hebreus). O primeiro versículo do Novo Testamento refere-se a Cristo na sua relação com o Velho Testamento. O Velho Testamento mostra a necessidade humana, o Novo Testamento mostra o suprimento divino. No Velho Testamento, o coração humano está visto, no Novo Testamento, o coração de Deus é visto suprindo, em Cristo Jesus, todas as necessidades humanas.
Há uma idéia que domina no Novo Testamento. Essa idéia é “cumprir”. Mt 1.22, “Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor, pelo profeta, que diz”; e, assim, mais onze vezes Mateus mostra como Cristo cumpriu o Velho Testamento (Mt 2.15,17, 23; 4.14; 8.17; 12.17; 13.35; 21.4; 26.56; 27.9, 35). Os outros evangelistas também concordam com Mateus neste aspecto. As primeiras palavras do ministério público de Cristo contém “cumprir” (Mt 3.15; Mc 1.15; Lc 4.21 e, em João 1.41, 45 a palavra é “achamos”). Nisso podemos ver que o Novo Testamento é a “resposta” do Velho Testamento.
No Novo Testamento, Cristo é revelado diferentemente do que no Velho Testamento. O Novo Testamento não usa tipos nem símbolos, mas mostra Cristo, a pessoa atual.
VELHO TESTAMENTO
O Cristo da profecia
Cristo – A Esperança
Cristo – O Esperado
Cristo – O Previsto
Cristo – O PreditoNOVO TESTAMENTO
O Cristo da história
Cristo – O Fato
Cristo – O Experimentado
Cristo – A Provisão
Cristo – O Apresentado
O Novo Testamento consiste de vinte e sete livros, divididos em: quatro livros da vida de Cristo, um livro histórico, vinte e uma epístolas apostólicas e um livro profético.
Cristo veio inicialmente aos Judeus (Mt 10.5-6; Jo 1.11; nascido sob a lei, Gl 4.4; Rm 15.8) e as doutrinas sobre a graça, baseadas na vida de Cristo, são tratadas profundamente e desenvolvidas só nas epístolas.
I. Os Evangelhos
Mateus, Marcos, Lucas, João
Introdução:
Os quatro evangelhos não têm a intenção de dar uma biografia completa de Cristo. O propósito deles é o de mostrar Cristo, “para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome”.(Jo 20.31)
Mesmo que os quatro se complementassem, um ao outro, mostrando partes da vida de Cristo que o outro não relatou, os quatro testemunham, juntamente, em pelo menos dez áreas, assim revelando a ênfase dos escritos dos evangelhos que é a vida de Cristo e a Sua obra salvadora completa para o homem pecador. Estas dez áreas são:
1. Cristo visto
2. Ministério de João Batista
3. Alimentação dos cinco mil
4. Cristo como Rei – Zc 9.9
5. Traição de Judas
6. Negação de Pedro
7. Julgamento e crucificação
8. A ressurreição corporal
9. 40 dias após a ressurreição
10. Segunda vinda predita
Cada evangelista narra a vida, deste Filho de Deus, de uma maneira diferente assim complementando um ao outro. Três, dos quatro, são parecidos e juntos fazem como um resumo da vida de Cristo. Mateus, Marcos e Lucas, por este resumo, são chamadas os evangelhos sinópticos.
Os sinópticos diferem, do Evangelho de João, nas seguintes maneiras:
Mateus, Marcos e Lucas
Os fatos da vida exterior de Cristo
Os aspectos da sua vida humanaOs seus discursos públicosO ministério na GaliléiaJoão
A vida intima de Cristo
A vida divina de Cristo
Os discursos pessoaisO ministério na Judéia
Mateus mostra Cristo como Rei, o soberano que veio ordenar e reinar. Marcos mostra Cristo comoServo, aquele que veio servir e sofrer. Lucas mostra Cristo como Filho de Homem, o homem que veio repartir e compadecer-se. João mostra Cristo como Filho de Deus, aquele que veio revelar e redimir. Assim, os quatro relatam os tipos mostrados em Ezequiel 1.10 e João em Apocalipse 4.6-8 ilustrando os quatro animais “no meio do trono, e ao redor do trono” com a semelhança de leão (Mateus – rei), bezerro (Marcos ! servo), rosto como de homem (Lucas – filho de homem) e semelhante a uma águia voando (João – filho de Deus).
A base do Velho Testamento era profética, agora no Novo Testamento tudo se focaliza nas doutrinas que se baseiam nos fatos descritos nos quatro evangelhos. Mudamos agora, do que era em maior parte ao Judeu, para o que é para o cristão. Trocamos marchas nos quatro evangelhos: Moisés para Cristo, da lei para graça. Os quatro combinam, harmoniosamente, as características de cada um para ser uma testemunha única de Cristo.
A. Mateus
Tema: Cristo, O Rei
“como a semelhança de leão”, Ap 4.6-8.
Tempo: 50 d.C.
Autor: Mateus, também chamado Levi (compare Mt 9.9 com Mc 2.13; Lc 5.27). Mateus era um publicano, um servidor público, um empregado do governo. Israel, nesta época, era dominada pelos Romanos. Mateus era, então, um Judeu que trabalhava para uma nação gentia. Seu trabalho era receber os impostos do povo na “alfândega” ou “recebedoria” (Mt 2.14; Mc 2.14; Lc 5.27). Por Mateus trabalhar para os Romanos ele era desprezado pelos judeus ortodoxos que ensinavam a separação explícita dos gentios. Geralmente os publicanos estão associados com as pessoas de baixa moral (Mt 9.10; 21.31).
O Livro:
O livro de Mateus mostra Cristo como rei. Sua genealogia é traçada desde o Rei Davi; e o lugar do Seu nascimento, Belém, o lar de Davi, é enfatizado. Sete vezes, neste Evangelho, Cristo é chamado de “o filho de Davi” (1.1; 9.27; 12.23; 15.22; 20.30; 21.9; 22.42). Só em Mateus Cristo fala do “trono da sua glória” (19.28; 25.31). Além disto, apenas neste Evangelho Jerusalém é chamada de “cidade santa” (4.5) e de “a cidade do grande Rei” (5.35). Sendo o Evangelho do Rei, Mateus também é o Evangelho do reino; a palavra “reino” aprece mais de cinqüenta vezes e a expressão “o reino dos céus”, que não foi usada em nenhum outro lugar no N.T., aparece aqui cerca de trinta vezes. (Scofield)
Mateus, mais do que qualquer dos escritores dos Evangelhos identifica acontecimentos e pronunciamentos na vida do nosso Senhor com predições do V.T., como, por exemplo, 1.22; 2.15, 17, 23; 4.14; 12.17; 13.14; 21.4; 26.54, 56; 27.9, 35. (Scofield)
Conquanto que Mateus mostra Cristo como Rei, Ele é primeiramente o Rei espiritual do Seu povo. O povo Judeu, junto com os discípulos, esperava o Messias que vinha derrubar os reinos em oposição e estabelecer o Seu reino na terra. Como isso não veio a acontecer (Mt 12.18-21), muitos deixaram-nO (Mt 26.56). Antes que alguém possa entrar no Seu reino na terra, Cristo deve reinar no seu coração.
Mateus relata a vida de Cristo sem os detalhes que Marcos e Lucas dão. (Baxter):
Estão agrupados os preparativos para o Seu ministério:
Cap. 1 – 4.12 – Genealogia, nascimento, Batismo e Tentação
Estão agrupadas as obras e ações de Cristo no Seu ministério na Galiléia:
Cap. 5, 6, 7 – Os Ensinamentos de Cristo
Cap. 8, 9,10 – Os milagres de Cristo
Cap. 11 – 18 – As reações ao ministério de Cristo.
Estão agrupados também o Seu curto ministério em Judéia:
Cap. 19 – 25 – Sua Apresentação – Rei
Cap. 26, 27 – Sua Crucificação – O Malfeitor
Cap. 28 – Sua Ressurreição – O Salvador
Para ver a base que os detalhes dos outros três Evangelistas apoiavam, leia Mateus várias vezes. Assim terá uma visão geral da vida de Cristo.
B. Marcos
Tema: Cristo, O Servo
“com a semelhança de bezerro”, Ap 4.6-8.
Tempo: 68 d.C.
Autor João Marcos
O nome de Marcos, João Marcos ou João (em relação a Marcos) aparece só nove vezes na Bíblia e nenhuma destas nos evangelhos (At 12.12, 25; 13.13; 15.37, 39; Cl 4.10; 2 Tm 4.11; Fl 24; 1 Pe 5.13).
Na a primeira vez que Marcos aparece na Bíblia aprendemos que o nome de sua mãe era Maria. É bem provável que sua mãe fosse Judia e quem deu o nome de João, e o pai, que não conhecemos talvez fosse Romano devido ao nome de Marcos que deu a seu filho.
João Marcos era sobrinho de Barnabé (Cl 4.10), chamando “meu filho” por Pedro (1 Pe 5.13) e era cooperador a Paulo (Fl 24) e assim, muito útil para o ministério dele (2Tm 4.11). Contudo, Marcos foi uma pedra no caminho entre Paulo e Barnabé por começar uma viagem missionária com Paulo e Barnabé, mas não a completando, saindo logo depois de começar (At 12.25; 13.13; 15.37-41). Quando Paulo estava na prisão referiu-se a Marcos (Cl 4.10) que estava ainda no ministério (a tradição diz que ele era muito ativo no Egito, organizando uma igreja em Alexandrina – Baxter). A primeira falha de ter deixado os missionários, no começo do ministério de Paulo e Barnabé era uma falha que Paulo evidentemente tinha perdoado, pois é dito uns vinte anos depois que ele achava Marcos útil para o ministério.
A tradição diz que Marcos foi um mártir no Egito. Ele foi arrastado pela rua, jogado e deixado ferido numa prisão e depois queimado vivo (Baxter).
Livro:
Que Marcos mostra Cristo, o servo, é evidente no livro que relata na maior parte – as ações de Cristo. Como não é importante saber a genealogia de um servo, Marcos não tem registro da linhagem de Cristo nem nenhuma menção do nascimento ou dos primeiros anos dele. Como não é importante o que um servo diz e sim o que o servo faz, os discursos e as parábolas de Cristo não estão relatados com tanto destaque quanto os milagres que ele se preocupou em fazer. Em comparação com o livro de Mateus, Marcos é o mais curto dos quatro evangelistas. Mas se comparar só os relatórios que Cristo fez, Marcos inclui duas vez mais que Mateus. Tudo indicando que Marcos mostra Cristo, o Servo.
Marcos é considerado como o fotógrafo dos evangelistas. Ele relata com mais destaque os detalhes dos nomes (3.17; 10.46; 15.21), horários (1.35; 6.35; 11.19; 15.25), números (2.3; 5.13; 6.7, 40; 14.30, 72), lugares (2.13; 11.4; 12.41; 15.39; 16.5) e muitos acontecimentos 1.13; 2.3,4; 4.36-38; 6.48, 53-56; 9.36; 10.17,32; 12.42; 16.4). Se não fosse por Marcos, muitos detalhes que dão vida aos acontecimentos de Cristo, seriam deixado só à imaginação. Para dar mais um exemplo, compare o relatório de Marcos da Transfiguração de Cristo como o relatório dos outros evangelistas (Mc 9.2-13; Mt 17:1-8; Lc 9.28-36).
Para ter uma lição em como servir estude o exemplo de Cristo em Marcos. Sua posição com Deus, e o Seu trabalho como Salvador não foi em nada prejudicado na atitude d?Ele ser um Servo mas foi vista a grandeza da Sua posição com Deus ao se humilhar para servir e a importância de obediência no Seu trabalho. Todos os que querem adorar o Senhor Deus em espírito e em verdade tomem nota da vida de Cristo, o Servo.
C. Lucas
Tema: Cristo, O Homem
“rosto como de homem”, Ap 4.6-8.
Tempo: 60 A.D.
Autor:
Lucas é o escritor do Evangelho de Lucas e do livro de Atos dos Apóstolos (1.1-5; At 1.1-4). Lucas era médico (Cl 4.14). Talvez por isso há mais referências às curas no livro de Lucas do que em Mateus ou Marcos ((4.18, 23; 5.17) e as descrições de doenças (5.12,18; 7.2; 13.11)).
Lucas foi companheiro de Paulo em muitas das suas viagens (note em Atos o pronome “nós” quando fala de quem estava com Paulo. Parece que Lucas era um companheiro muito fiel a Paulo, pois no fim da vida de Paulo ele diz que “só Lucas está comigo” (2 Tm 4.9-11).
O Livro:
Em Mateus temos agrupados os acontecimentos de Cristo, O Rei; em Marcos temos as fotos das ações de Cristo, O Servo; em Lucas temos a história linda de Cristo, O Homem.
Lucas foi endereçado a Teófilo, um romano de importância e um convertido ao Senhor Jesus Cristo “para que conheças a certeza das coisas de que já estás informado” (1.1-5). Ver também Atos 1.1-4.
A genealogia é traçada até Adão, seno o objetivo de Lucas mostrar Cristo, O Homem. A narrativa de Lucas sobre o nascimento e a infância do Senhor é do ponto de vista da mãe virgem (Scofield) e nos dá mais detalhes da sua vida de criança e menino que os outros Evangélicos (Baxter).
Este livro é o mais longo dos quatro Evangelhos em relação ao número de versículos. O que sabemos da infância de Cristo devemos a este livro. Lucas também diferencia dos outros sinópticos em que só neste livro tem as parábolas do Bom Samaritano (10.25-37), do homem rico e louco (12.13-21), da figueira infrutífera (13.6-9), da ovelha perdida, da moeda perdida e do filho pródigo (15,3-32), da viúva persistente (18,1-8), do fariseu e o publicano (18,9-14), e a parábola das minas (19,11-27). Também só aqui tem a missão dos Setenta relatada (10,1-24). Imagine que falta de conhecimento da vida de Cristo teríamos se não fosse por Lucas.
Note, também, os acontecimentos que Lucas relata sobre a sensibilidade de Cristo em repreender Marta (10.38-42), curar uma enferma (13.10-16), um hidrópico (14.1-6), dos dez leprosos (17.11-19), a conversão de Zaqueu (19.1-10) e o choro por Jerusalém (19.41-44); tudo isso só temos porque Lucas nos relatou mostrando assim a atenção de Cristo pela humanidade e a humanidade perdida à qual Ele veio salvar.
O nascimento, vida de criança, menino e de homem (1.5-4.13)
Ministério em Galiléia (4.14-9:50)
A jornada à Jerusalém (9.51-19:44)
Crucificação e Vitória (19.45-24.53)
D. João
Tema: Cristo – O Filho de Deus ou Cristo em Sua Divindade
“uma águia voando”, Ap 4.6-8.
Tempo: cerca de 85 – 90 d.C.
Autor:
Sabemos que o pai de João era Zebedeu (Mt 4.21) e era seu irmão Tiago (Mt 26.37; Mc 14.33; Lc 5.10).
João fazia parte do circulo dos três discípulos íntimos de Cristo. Os outros eram Pedro e Tiago. Cristo não amava mais estes três, mas estes três estiveram presentes durante ocasiões especiais de Cristo: Transfiguração (Mt 17.1-9), oração no jardim antes da traição e da crucificação (Mt 26.36-46). Os três foram chamados por Paulo “colunas” da igreja (Gl 2.9).
A João, um dos poucos discípulos presente na sua morte, Cristo confiou o cuidado de sua mãe (Jo 19.26,27) e ele é apresentado no seu evangelho como o discípulo “a quem Jesus amava” (13.23; 19.26; 20.2; 21.7, 20-24).
Além deste evangelho, João é autor dos outros três livros que levem o seu nome (1, 2, 3 João) e Apocalipse.
O Livro:
A razão de este livro ser escrito é “para que creias que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.” (Jô 20.21) e esta idéia se repete pelo livro várias vezes.
Os versículos chaves, 1.11,12 também fornecem a estrutura do livro, como João faz no livro de Apocalipse em Ap 1.19. O Evangelho de João pode ser dividido em 1) “Os seus não o receberam”, 2) “Mas, a todos quanto o receberam”, 3) “Deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus” .
Este livro não faz parte dos evangelhos sinópticos. Os sinópticos mostram os fatos da vida exterior de Cristo, em João temos a vida íntima de Cristo. Os sinópticos mostram a sua vida humana, João mostra a sua vida divina. Os discursos públicos de Cristo estão relacionados em maior parte pelos sinópticos, João relata os discursos pessoais de Cristo. O ministério na Galiléia é mostrado nos sinópticos, mas em João o ministério na Judéia se vê. Os sinópticos importam fatos, João doutrina. Os sinópticos apresentam Cristo pelo que ele diz e faz, João o interpreta pelo quem ele é. (Baxter)
Para se concentrar no quem Cristo é João só conta oito dos milagres de Cristo (Mateus e Lucas mostram vinte, Marcos dezoito) e só uma parábola (10.6). Das parábolas Mateus relata dezesseis, Marcos cinco e Lucas vinte. Em contrapartida, João nos relata os discursos de Cristo que os sinópticos não revelam com tanto destaque (Pedro e Natanael, a:35-51; Nicodemos, 3.1-15; mulher Samaritana, 4.4-38; o homem nascido cego, 9.35-41; Marta e Maria, 11; os onze discípulos, 13-16; Maria Madalena, 20.1-18 e o Apostolo Pedro, 21.15-23) tudo para nos mostrar doutrina.
As palavras usadas mais neste livro que nos dos sinópticos são: “crer”, “vida” e os títulos “Filho” e “Filho de Deus” , estes mostrando o tema do livro de Cristo – O Filho de Deus. Outras palavras características de João são “verdadeiro”, verdade”,. “amor”, “testemunho” e “mundo” (gr. kosmos). Apenas João registra as grandes declarações “Eu sou” de Cristo (6.35 “pão da vida”; 8.12 “a luz do mundo”; 10.7 “porta das ovelhas”, 11 “o bom Pastor”; 11.25 “a ressurreição e a vida”; 14.6 “cominho, verdade e a vida”; 15 “videira verdadeira”) e apresenta as declarações de Cristo introduzidas pelo solene “Em verdade, em verdade” (1.51; 5.19,24,25, etc.). (Scofield).
Conclusão:
Mateus O Prometido está – veja as Suas qualificações
Marcos Assim Ele trabalhou – veja o Seu poder
Lucas Assim Ele era – veja a Sua natureza
João Assim Ele é – veja a Sua divindade
II. O Histórico
Atos
1. Atos
Tema: As Ações dos Apóstolos
Tempo: Terminado em 63 A.D. em Roma
Autor: Lucas (Lucas 1.3; Atos 1.1)
Lucas, com o evangelho que mostra a vida detalhada de Cristo e com este livro que mostra a historia da igreja que Cristo estabeleceu, é o autor que escreveu mais das ações no Novo Testamento do que qualquer outro indivíduo.
Lucas escreve não só para informar o leitor com a organização dos acontecimentos, mas também para exortar o leitor pelos exemplos dos apóstolos.
Livro:
O livro de Atos é uma historia de um dos primeiros historiadores inspirados nos primeiros anos da época cristã. Mais do que trinta anos são tratados neste livro, desde a ascensão de Cristo à prisão de Paulo em Roma.
Atos é uma ponte que estenda dos Evangelhos até as Epistolas. Os Evangelhos relata o tratamento do evangelho diante dos judeus, as Epistolas trata do evangelhos diante dos gentios. Atos relata como o reino de Deus começou com os judeus e os acontecimentos da rejeição destes do mesmo e a abertura total do evangelho para com os gentios (Atos 1.8; 28.28).
Aqui se tem o começo e os princípios que as primeiras igrejas e seus missionários seguiam. É um manual completa de teoria (doutrina) e pratica para a igreja verdadeira obedecer a comissão dada por Cristo em Mateus 28.19,20.
A evangelização dos judeus e depois para os gentios, a pessoa e obra do Espirito Santo, a perseguição que seguiu os que quiseram obedecer Cristo está para a nossa edificação no livro de Atos.
Capítulos 1 – 12:
A missão da igreja com destaque ao Pedro, Jerusalém o centro de operações aos israelitas. Este seção termina com Pedro livre de prisão. A igreja evangeliza “Jerusalém, Judéia e Samaria”
Capítulos 13 – 28:
A missão da igreja com destaque ao Paulo; Antioquia é o centro de operações ao mundo inteiro. Este seção termina com Paulo na prisão. A igreja evangeliza os “confins da terra”.
Versículo chave é Atos 1.8 que envolve o dever divina, o equipamento espiritual e a comissão geográfica da missão da igreja.
Para entender como a mensagem do Velho Testamento entrelaça com o Novo Testamento, leia a mensagem de Pedro em Atos 2.14-40.
III. As Epístolas
Romanos, 1 e 2 Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1 e 2 Tessalonicenses, I e 2 Timóteo, Tito, Filemom, Hebreus, Tiago, I e 2 Pedro, I e 2 e 3 João, Judas e Apocalipse
Introdução
As Epístolas, diferente que os Evangelhos ou que Atos, nos dão na maior parte, doutrina. Os Evangelhos relatem a pessoa de Cristo aqui na terra. Atos nos relata os acontecimentos durante os trinta anos depois de Cristo. As Epístolas, especialmente as Paulinas e as Gerais, tratam de doutrina para todos desde o fim de Atos até a segunda vinda de Cristo, quer dizer, os desde o tempo de Atos e nós hoje.
Os Evangelhos e Atos são escritos para nós, mas as Epístolas são sobrenós.
As Epístolas nos dão a maneira doutrinária de aplicar os primeiros cinco livros do Novo Testamento às nossas vidas.
Pelo livro dos Atos dos Apóstolos, podemos ver o número de igrejas em expansão em varias áreas. Foi pela palavra oral dos apóstolos que as pessoas foram ajuntadas em grupos conforme o modelo deixado por Cristo, a Cabeça da Igreja. Pelos sinais dos apóstolos, as suas posições e mensagens foram aceitas. Agora com igrejas formadas, a necessidade de ter algo permanente foi necessário. As Epístolas preenchem esta necessidade dando em forma escrita os ensinamentos inspirados que estas igrejas creram para entrar em Cristo e o que era necessário para continuar sendo conformes à imagem de Cristo. O que foi escrito por Paulo e os seus colegas serviu bem esta necessidade naquele primeiro século e por ser inspirado nos sirva de igual modo hoje mesmo sendo uns vinte séculos depois.
As vinte e duas epístolas podem ser classificadas em quatro categorias:
I. As Epístolas às Igrejas
Romanos, 1 e 2 Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1 e 2 Tessalonicenses
II. As Epístolas Pastorais
1 e 2 Timóteo, Tito, Filemom
III. As Epístolas Gerais e Pessoais
Hebreus, Tiago, 1 e 2 Pedro, 1, 2 e 2 João, Judas
IV. Epístola Profética
Apocalipse
A. As Epístolas às Igrejas
Romanos, I e 2 Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, I e 2 Tessalonicenses
A ordem destas Epístolas na nossa Bíblia é a mesma ordem que todos os manuscritos velhos achados em qualquer parte do mundo têm. A ordem cronológica seria diferente que a ordem que elas aparecem na Bíblia. A ordem cronológica que refere a data aproximada que elas foram escritas seria nesta ordem (Baxter):
LivroLugarTempo
1 TessalonicensesCorinto52-53 d.C.
2 TessalonicensesCorinto53 d.C.
1 CoríntiosÉfeso57 d.C.
2 CoríntiosMacedônia57 d.C.
GálatasCorinto57-58 d.C.
RomanosCorinto58 d.C.
ColossensesRoma63 d.C.
EfésiosRoma63 d.C.
FilipensesRoma64 d.C.
1. Romanos
Tema: A Justificação pela Fé
Tempo: escrito em Corinto, 58 d.C. (16.1,2)
Autor: O Evangelho tem sido pregado por um meio século quando Paulo escreveu este livro e muitas igrejas foram organizadas até este tempo. Era inevitável que duvidas e perguntas surgiam por causa da pregação de graça e a plena justificação de qualquer pessoa pela fé em Cristo. Perguntas sobre a lei de Moisés, o concerto de Deus com Abraão, a aceitação dos gentios diante de Deus, e as ramificações da pregação da graça de Deus foram levantadas. Paulo, por causa do seu treinamento como um Fariseu e por causa da sua rígida mas delicada consciência foi especialmente preparado para esta tarefa (Fl 3.4-6).
Ensinamento:
O primeiro livro entre as Epístolas talvez porque “é a exposição mais completa do N.T. sobre as verdades centrais do Cristianismo.” (Scofield).
A igreja em Roma parece de ser feita de membros tanto Judeu (2.17-29) quanto Gentio (11.14-32). Então podemos aprender como o Evangelho é interpretado tanto aos Judeus quanto aos Gentios. Parece que Paulo está escrevendo esta carta à uma igreja que ele, até aquele momento, nunca tinha visitado (1.10-15).
Nota como Paulo trata do problema do pecado. Ele mostra como por Cristo o pecador pode ser justificado diante de Deus (3.21-5:11) e depois ele mostra como o pecador pode viver para a glória de Deus mesmo tendo o pecado tão perto dele quanto a sua carne (7.7-8:39). O segredo de viver a vida cristã mesmo tendo o pecado na carne é visto no fato que em Romanos capitulo oito o Espírito de Deus é mencionado não menos do que dezoito vezes. Antes deste capitulo o Espírito de Deus é mencionado só uma vez (1.4). Isso nos mostra que por Cristo o pecador tem a redenção (3.21-26), mas é pelo Espírito que ele pode viver para agradar Deus (8.11).
Cuidando de doutrina pode levantar muitas duvidas na mente de quem estudo ou de quem recebe tal estudo. Por isso os capítulos 6-8 respondem às dificuldades que uma mente normal pode ter com doutrina. Paulo ressalta a soberania de Deus nas Suas ações pela graça.
Os capítulos 12-26 impõem a todos os cristãos a obrigação de terem vidas consagradas no serviço a Ele que os tem mostrado misericórdia. A vida do crente deve refletir o que diz a sua boca.
O livro de Romanos pode ser dividido em três partes (Baxter):
I. Doutrinal: Como o Evangelho salva o pecador – Cap. 1-8
II. Nacional: Como o Evangelho aplica à Israel – Cap. 9-11
II. Prático: Como o Evangelho aplica à nossa vida – Cap. 12-26
2. 1 Coríntios
Tema: Conduta Cristã
Tempo: 57 d.C.
Autor: Paulo veio à Corinto primeiro de Atenas (Atos 18.1,11) e permaneceu aí por dezoito meses quando a igreja em Corinto foi organizada. De Corinto Paulo foi à Éfeso (Atos 18.18,19) e desta cidade, depois uns dois ou três anos de ministério aí (Atos 19.1,10), Paulo escreve esta primeira carta à Corinto. (Matthew Poole)
Ensinamento: Desde que as Epístolas cuidem de doutrina temos uma variedade de assuntos neste livro. Nos primeiros seis capítulos ele mostra a burrice de gloriar em homem algum.
Cap. 1.18-31 – Salvação é pela cruz, não pelo homem
Cap. 2 – Sabedoria vem do Espírito de Deus e não do homem
Cap. 3,4 – Homens chamados por Deus são mero despenseiros
Cap. 5,6 – Homens que aceitam a glória do homem vão permitir pecados piores.
Nos capítulos restantes Paulo trata os problemas que estavam perseguindo os irmãos da igreja em Coríntio. Parece que a igreja tinha pedido de Paulo uma ajuda na solução de vários problemas (7.1).
Estes problemas eram cuidado um por um nas seguintes capítulos:
Cap. 7 – Casamento e o celibato
Cap. 8-10 – O comer de carne; liberdade cristã
Cap. 11 – O lugar das mulheres na igreja; a ceia do Senhor
Cap. 12-14 – Os dons espirituais
Cap. 15 – A ressurreição dos santos
Cap. 16 – Um resumo (Baxter)
3. 2 Coríntios
Tema: A Autoridade de Paulo Defendida Amorosamente
Tempo: 57 A.D.
Autor: Paulo está escrevendo esta segunda carta aos em Corinto dentro de um ano depois a primeira carta. Muitos falsos profetas e ensinadores invadiram Corinto depois de Paulo estabelecê-los numa igreja. Para sustentar as suas crenças falsas, estes profetas falsos tinham de primeira desacreditar a autoridade apostólica de Paulo diante do povo pois foram os ensinamentos dele de doutrinas, quais eram barreiras para a igreja aceitar as crenças ” novas” . Paulo, na defesa da sua autoridade apostólica, nos dá uma espécie de autobiografia. Não há outro livro de Paulo que nos evidencia tanto a sua profunda emoção de agonia de espírito em lutar para a verdade entre o povo de Deus.
Ensinamento:
O livro de Romanos, quanto todas as Epistolas, tratava de doutrina. As cartas aos Coríntios tem a doutrina ensinada para reprovar os crentes de uma prática perigosa. Em Romanos a doutrina era didática, em Coríntios, é dada incidentemente com a censura.
Desanimo, doença física, oposição doutrinário e perseguição traz para Paulo uma necessidade de olhar ao “Pai das misericórdias e o Deus de toda a consolação” (1.3 – o versículo chave) para atravessar esta época do seu ministério. Podemos ver a sinceridade que o Evangelho deve ser ministrada (1.12-24), e o cuidado que um pastor/missionário deve ter para ministrar ao povo de Deus.
Relatando a sua vida aos de Corinto, podemos aprender com Paulo que mesmo que temos “aflição”, “angústia”, “lutas”, “trabalhos”, “perseguições”, “tristezas”, e “fraquezas” (palavras comuns nesta carta) podemos conhecer o “conforto”, “regozijo”, “triunfo” e a “alegria” e “graça” (palavras também muito comum nesta carta) de Deus na mesma medida e até sobre medida das aflições que possamos ter (12.7-10).
Cristo: O Centro da Teologia Paulina
2 Cor 5.14-17
Não é somente o Cristo da história em quem devemos focalizar a atenção na adoração divina. Tudo isso é preciosa mas incompleta, pois só concerne o que podemos ver ou traçar pelos acontecimentos dEle.
É Cristo da ressurreição que nos dá o ímpeto da adoração verdadeira. Na ressurreição, Cristo está com poder, vitória, com glória. Adorar Cristo ressurgido leva fé e é pela fé que agradamos o Pai (Hb 11.6). Tendo esta fé no Cristo ressuscito é que somos feitos novas criaturas.
O livro pode ser organizado nesta maneira:
Cap. 1-5 Motivo e mensagem do Ministério de Paulo
Cap. 6-9 Apelo Espiritual e Material para apoio ao Ministério
Cap. 10-13 Resposta aos Falsos Profetas
Neste livro achamos a oração apostólica mais famosa na cristianismo; “A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo seja com todos vós. Amém.” (13.14)
4. Gálatas
Tema: A Liberdade Cristã
Tempo: 57-58 A.D. de Corinto
Autor: Paulo visitou Galácia (que hoje conhece como sendo Ásia Menor ou Turquia) na sua primeira viagem missionária (At 13.51; 14.8,20 sendo que Icônio, Listra e Derbe faziam parte do sul da Galácia), em sua segunda viagem (At 16.1-5) e em sua terceira viagem (At 18.23).
As igrejas em Galácia eram muito hospitaleiras a Paulo recebendo o até “como um anjo de Deus, como Jesus Cristo mesmo” (4.14,15). Mas, num tempo depois quando ele visitou aí outra vez parece que eles mudaram de opinião (4.16). O que causou esta mudança de pensamento dos Gálatas para Paulo é o assunto do livro.
Ensinamento: Depois de Paulo passar em Galácia, na primeira vez, pregou o Evangelho de Cristo que foi bem recebido. Entre a primeira visita e antes da segunda, veio Judeus dizendo que os Gentios, para serem salvos ou para continuarem salvos tinham que observar a lei de Moisés. Muitos dos crentes caíram nessa armadilha que Paulo chama “outro evangelho” (1.6).
Paulo mostra, minuciosamente, que a salvação é somente por Cristo. Por Ele o pecador é justificado (3.6-9), adotado (4.4-7), renovados (4.6; 6:15), e herdeiros de Deus (3.15-18).
Gálatas é o livro para entender bem o propósito da lei (mostrar Cristo o Salvador dos pecados – 3.19-25), as limitações da lei (impossível de justificar alguém – 2.16; só condena o pecador – 3.10-12) e o fim da lei (escravidão – 4.21-31)
Os crentes que voltem a seguir a lei não estão dependendo mais na graça de Deus para servir Deus livremente (5.4), mas na sua própria carne que leva para escravidão (5.1).
Paulo reafirma neste livro que pela fé em Cristo somos salvos completamente (2.16) e sempre livres (5.13-18) da necessidade de procurar um complemento da nossa salvação. Vendo que a salvação por Cristo é tão completa devemos então com uma fé pura amar Ele, os que estão salvos por Ele e os que precisam ser salvos (2.20; 5.15).
5. Efésios
Tema: A Comunhão com Cristo
Tempo: 63 d. C.
Autor: Parece que Paulo escreveu este livro enquanto era encarcerado em Roma quando também escreveu para Filemom e aos Colossenses e foi entregue por Tíquico (6.21,22; Cl 4.7).
Ensinamento: O livro de Efésios divide em duas partes:
Cap. 1-3 – O Que Temos em Cristo
Cap. 4-6 – Como Andar Como Cristão
Na primeira parte Paulo desenvolve com detalhes a riqueza que temos em Cristo (1.3-14), a nossa condição com Cristo (2.1-10) e a grandeza da salvação de Cristo para com os gentios (3.1-13).
Na segunda parte Paulo mostra como o andar em Cristo deve ser na igreja (4.1-16), com a sociedade moral (4.17- 5.2), com a sociedade pecaminosa (5.3-21), diante os de relacionamentos especiais (5.22-6:9) e como andar espiritualmente preparado (6.10-20).
Por um tempo Timóteo ficou em Eféso “para advertires a alguns, que não ensinem outra doutrina” (1Tim 1.3-5).
6. Filipenses
Tema: A Experiência Cristã
Tempo: Roma (prisão) em 64 d.C
Autor: Paulo visitou Filipos na sua segunda viagem missionaria, e isso por causa de uma visão, “em que se apresentou um homem da Macedônia, e lhe rogou, dizendo: Passa à Macedônia, e ajuda-nos.” (At 16.6-10). Filipos é a primeira cidade, uma colônia, na Macedônia de quando entra por ela da Ásia (At 16.12). Hoje, esta região faz parte da Grécia, Bulgária, Albânia e Iugoslávia.
Foi em Filipos que Lídia foi convertida e também o carcereiro (At 16.14,15,30-34) junto com outros irmão (v.40).
Paulo, nesta carta, fala muito pessoal. O pronome da primeira pessoa, “eu” está bem empregado nesta carta dirigida à igreja em Filipos, a qual Paulo amava profundamente (Bíblia Vida).
A razão da carta ser escrita não é doutrinária, nem para corrigir qualquer problema na igreja. Os Filipenses tinham enviado uma oferta à Paulo, outra vez, e ele quis acusar o recebimento (1.5;4.10,14-16,18).
O Autor, mesmo escrevendo da prisão, mostra muita alegria com o povo de Filipos junto “os bispos e diáconos” e o “regozijo” que ele tem pela graça de Deus.
Ensinamento:
Mesmo que esta carta não seja necessariamente doutrinária, podemos aprender muito nela.
Os que obedecem a Palavra de Deus não são isentos de problemas nesta vida (1.12-16; 2.25-27; 3.8; 4.12). Só a graça de Deus tem o poder de regozijar junto os problemas (1.18-21; 2.28-30; 4.13).
Os Filipenses eram obedientes para com Paulo e participaram com ele “da minha graça, tanto nas minhas prisões (e aflições 4.14) como na minha defesa e confirmação do evangelho” (1.7) pelas ofertas e orações. Mesmo assim, precisavam de exortações para serem firmes ainda na fé (1.27; 2.3-8,14; 3.2; 4.6). Isso nos ensina que a carne está sempre fraca e não podemos confiar nela mesmo depois que houvermos obedecido o Senhor no Espírito.
Há bênçãos especiais para o povo que emprega bem as suas vidas e bens no serviço à Deus. Serviro Senhor é mais difícil do que só falar de Deus. Talvez por isso existem bênçãos especiais (4.9,19).
Paulo está confiante que , mesmo aparentemente, o céu seja negro com aflições, Deus está por cima das nuvens e dirigindo tudo para sua glória (1.16-18,28; 3.7-11, 18-21; 4.19).
7. Colossenses
Tema: A Plenitude de Cristo
Tempo: 63 d.C.
Autor: Paulo estava na prisão (4.18) em Roma quando escreveu esta epístola (também escreveu Filipenses e Efésios do mesmo lugar). Não podemos achar nenhuma vez que Paulo visitou esta cidade. Esta igreja, talvez, foi organizada por Epafras (1.7) um companheiro de Paulo (Fl 23).
Ensinamento: O erro contra o qual Paulo advertiu os Colossenses mais tarde desenvolveu-se em uma heresia chamada Gnosticismo (do gr. gnosis, significando conhecimento). Esta falsa doutrina dava a Cristo uma posição subordinada à verdadeira Divindade, e desvalorizava a singularidade e perfeição de Sua obra redentora. Ela insistia que entre um Deus santo e esta terra havia uma hoste de seres, anjos, etc., que formavam uma ponte, da qual Cristo era um membro. Este sistema incluía a adoração de anjos (2.18) e um falso ascetismo (2.20-22). Para todos estes erros, o apóstolo tinha um só remédio, um conhecimento(epignosis, isto é, pleno conhecimentos, 1.9-10; 3.10) da plenitude de Deus em Jesus Cristo. Sua resposta devastadora a estas falsas doutrinas está em 1.19 e 2.9, na qual o Senhor está revelado como a plenitude física da divindade. A palavra “plenitude” (gr. pleroma) é a mesma palavra que o Gnosticismo usava para toda a hoste de seres intermediários entre Deus e o homem. O Senhor encarnado, crucificado, ressuscitado e que subiu ao céu é o único Mediador entre Deus e os homens (1 Tm 2.5). – Scofield
8. 1 Tessalonicenses
Tema: Mantenha-se Puro pois Cristo Volta
Tempo: em 52,53 d.C de Corinto
Autor: Na segunda viagem missionária Paulo visitou a Tessalônica (At17.1-10) onde Deus abençoou sobre maneira (1 Ts 1.5,9,10). Em três semanas vários Judeus “e também uma grande multidão de gregos religiosos, e não poucas mulheres principais” (At 17.4) creram, e ajuntaram-se com Paulo e Silas. Por causa da perseguição que parece sempre acompanha a verdade (At 17.5-8; 1 Ts 2.15), Paulo e Silas foram enviados de noite para Beréia logo depois.
Paulo, junto com Silvano e Timóteo, escrevem à igreja dos Tessalonicenses (v.1), sendo esta a primeira carta escrito por Paulo às igrejas.
Ensinamento: A segunda vinda de Cristo está mencionada em cada capítulo (1.10; 2.19; 3.13; 4.13-18; 5.2,4,23). A volta de Cristo é mencionada para animar os irmãos amados em Tessalônica a continuarem servindo o Senhor na face das aflições provocados pelos inimigos do Evangelho (2.14-16) e pelas tentações que vem de Satanás (3.5) usando a fraqueza da nossa carne (4.5).
Paulo, com amor e pela inspiração, instrui os Tessalonicenses que, mesmo que somos seguros em Cristo, somos ordenados à tribulações (3.3), e nunca devemos deixar nos de sermos vencidos pelo pecado. Podemos vencer o pecado pela uma vida que progride cada vez mais no andar que agrada a Deus (4.1-12). Paulo relembra os irmãos que eles são diferentes dos demais no mundo e por isso vão agir de maneira melhor (5.4-11). Paulo encerra a sua carta dando umas regras que podem ajudar qualquer crente serio a andar mais abençoado na fé (5.12-23) não esquecendo que a força de obedecer vem mesmo de Deus (5.24).
9. II Tessalonicenses
Tema: Mantenha-se Ocupado até Cristo Voltar
Tempo: em 53 d.C. de Corinto
Autor: Paulo está escrevendo outra vez à igreja dos Tessalonicenses junto com Silvano e Timóteo (1.1) talvez só alguns meses depois da primeira (Bíblia, Editora Vida). É evidente que a possibilidade de uma carta falsa foi passada às igrejas dizendo que Cristo já veio a segunda vez e as tribulações que estão tendo já é porque ficaram atrás como não estivessem salvos. Paulo escreve para acalmá-los (2.1-3). Não pensa que as suas tribulações indicam já os sete anos da tribulação pois essa será introduzida só com acontecimentos específicos primeiro (2.3-12; I Tess 4.13-5:10).
Ensinamento: A segunda vinda está mencionada em cada capitulo nesta carta tanto quanto na primeira (1.7-10; 2.1-4; 3.5). Enquanto a segunda vinda não venha a igreja está ensinada a sofrer tentação (1.4-6) pois na segunda vinda, os ímpios “padecerão eterna perdição” (1.9) por qual razão os santos devem viver “dignos da sua vocação, e cumpra todo o desejo da sua bondade, e a obra da fé com poder” (1.11).
Também, enquanto esperam por Cristo, não devem ser movidos “facilmente” do entendimento que foi ensinado por Paulo (2.2-5) pois Deus, pelo Espírito Santo, “detém” até o tempo certo para Satanás ser manifestado e o Espírito Santo ser tirado (2.6,7). Para não serem movidos diante das circunstâncias diversas que acompanharão a segunda vinda, Paulo anima os irmãos de continuarem firmes nos fatos que ele tem os ensinado (2.13-17) que realmente trará consolo aos corações.
Enquanto Cristo não vir, os irmãos devem pacientemente esperar Cristo orando (3.1) e obedecendo o que Paulo tinha os mandado (3.4) tendo uma vida separada e pura (3.6-7) e ocupada com trabalho digno (3.7-12). Há os que pensam que se Cristo voltará porque nos ocupar em algo, pois tudo não vai ficar para sempre mesmo. A estes Paulo mostra que ocupação é honrosa e uma boa cura para não andar desordenadamente ou vivendo enquanto esperam Cristo. Se alguém não quer se preocupar a obedecer Cristo nesta vida usando a segunda vinda de Cristo como desculpa, este deve ser cortado da comunhão da igreja (3.14-15) mas não deve, por isso, ser tratado como um inimigo (3.15). Mas em tudo, procurai a paz (3.16).
B. As Epistolas Pastorais (1 Timóteo, 2 Timóteo, Tito e Filemom)
Estas epístolas se chamam pastorais por serem endereçadas aos pastores. Como o livro de Atos veio entre os Evangelhos e os livros de doutrina das epístolas às igrejas estes quatro livros vem entre os livros de doutrina e a natureza das epístolas gerais.
1. 1 Timóteo
Tema: O Comportamento na Igreja
Tempo: 63 A.D.
Autor: Paulo, o apóstolo, escreveu esta carta a Timóteo, seu filho na fé (1.1,2). Escreve a Timóteo dando-lhe instruções particulares para se comportar como ministrante do Evangelho na igreja em Éfeso.
Ensinamento: Os ensinamentos dados são de particular interesse pois se envolvem detalhes sobre o governo da igreja e o comportamento pastoral “para que saibas como convém andar na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade.” (3.15)
A vida pastoral deve ser de fé e de boa consciência (1.19), de oração (2.1-4), piedade (4.7-10; 6.11), um bom exemplo (4.12), de estudo (4.13-16; 6.13) e do ministério (1.18,19; 4.14-16; 6.20). Um pastor não deve aceitar acusação contra um outro sem provas claras (5.19) mas pastores pecaminosos devem ser corrigidos e isso publicamente (5.20).
Sobre o governo da igreja vem os assuntos da posição de mulher (2:9-15), os deveres dos bispos e dos diáconos (3.1-13), a reação necessária diante de heresias (4.1-8), o andar com os velhos na fé (5.1:1,2), as viúvas (5.3-16), o cuidado financeiro dos pastores (5.17,18; 6.8-10), a relação dos que são empregados com seus empregadores – escravos (6.1,2) e a posição dos ricos na sociedade e na igreja (6.17-19).
Estes cuidados à Timóteo, em particular, e a igreja em geral são necessários pois a tendência da carne leva alguns de “desviar-se” de uma boa consciência (1.6), de rejeitar a fé (1.19; 6.21) seguindo Satanás (5.15) para serem traspassados com muitas dores (6.10).
2. II Timóteo
Tema: A Vida Pastoral em Aflição
Tempo: 64 d. C.
Autor: Paulo, o Apostolo ao Timóteo, “meu amado filho” (1.2) Esta carta foi escrito depois de 1 Timóteo e de Tito sendo Paulo preso já “sendo oferecido” (4.6 – Bíblia Vida). Foi escrita provavelmente em Roma (1.16,17) e sendo assim foi cronologicamente a última carta de Paulo – Scofield.
Ensinamento: A 2 Timóteo é como a 1 Timóteo, só que enfatiza mais apressadamente os ensinamentos que foram dados em 1 Timóteo.
1 Timóteo fala da vida pastoral sendo de uma boa consciência (1.19). 2 Timóteo fala de não entrar em contendas (2.14) e de apresentar-se aprovado (2.15).
1Timóteo fala da vida pastoral sendo de oração (2.1-4).
2 Timóteo fala que nos últimos tempos virão dias piores e assim é preciso orar ainda mais (3:1-13).
1 Timóteo fala da vida pastoral sendo de piedade (4:7-10).
2 Timóteo fala da necessidade de militar para a obediência até a morte (2.3-13); de evitar falatórios (2.16-18) e de fugir das paixões da mocidade (2.22).
1 Timóteo fala da vida pastoral sendo um bom exemplo (4.12).
2 Timóteo fala que não convém contender (2.24-26) e que se deve ser sóbrio em tudo (4.5).
1 Timóteo fala da vida pastoral sendo de estudo e de confiar a Palavra aos outros (4.13-16).
2 Timóteo fala de manejar bem a Palavra (2.15), de lembrar o que aprendeu para ser forte no dia mau (3.13-17) e de pregar a Palavra (4.1-4).
1 Timóteo fala da vida pastoral sendo do ministério (1.18,19; 4.14-16; 6.20).
2 Timóteo fala que despertes para o ministério (1.6-10), que fortifiques na graça (2.1,2) e que cumpres o teu ministério (4:5).
O que em I Timóteo era de “desviar se” (I Tm 1:6) em II Timóteo estes já “apartaram” da obra ( 2 Tm 1.15) e já encontrava Paulo sem assistência (4.16).
3. Tito
Tema: A Ordem na Igreja
Tempo: 64 d.C.
Autor: O apostolo Paulo escreveu esta carta entre a 1 Timóteo e a 2 Timóteo sendo então a penúltima escrita da sua vida. Escreveu a Tito seu filho na fé (1.4) quem tinha deixado em Creta para fazer o trabalho de um missionário (1.5) colocar em ordem as coisas faltando (os irmãos fracos e corruptos) e de estabelecer pastores em cada cidade.
Tito talvez era irmão de Lucas, o evangelista (Bíblia Vida) e é mencionado em Gálatas 2 quem talvez foi convertido naquele tempo da confusão sobre a circuncisão (48 d.C.). Tito foi um consolo ao Paulo (2 Co 7.6,7) e tinha uma vida exemplar. Tendo assim uma vida exemplar foi encarregado de cuidar das ofertas feitas para os santos em Jerusalém (2 Co 8.6,16).
Ensinamento: A carta a Tito é comparada às de 1e 2 Timóteo e achamos alguns dos mesmos ensinamentos. Por Creta ter má fama de mentira, cruéis e preguiçosos ((1.12) os ensinamentos do livro vem ao encontro de colocar ordem neste tipo de vida dentro da igreja (1.9-16).
Vem os ensinamentos para corrigir os problemas sérios nas igrejas em Creta e assim sendo é um manual prático para o crente hoje saber tratar a lei do homem (3.1) os vizinhos (3.2) e os servos (2.9-10). O alvo é para viver como devem: trabalhadores do bem (3.14).
Há duas passagens maravilhosas que destaca as belezas do Evangelho (2.11-15; 3.3-7).
4. Filemom
Tema: Amor Acima de Direito
Tempo: 63 d. C. no mesmo tempo de Colossenses (Col. 4:7-17; Fil. 2,23,24)
Autor: Este livro foi escrito pelo Apóstolo Paulo (v.19) em prisão tendo Timóteo junto com ele (v.1) a Filemon para interceder a respeito de Onésimo, recém convertido pelo ministério de Paulo mesmo na prisão (v.10).
Filemom é considerado uma epístola pastoral por ele ser um ancião com responsabilidades pastorais tendo uma igreja “em tua casa” (1.2). (Baxter)
Neste livro temos um exemplo das verdades que Gálatas e Colossenses ensinam sobre a unidade que há em Cristo – Gl 5.6; Cl 3.11. Por isso este escravo deve ser aceito “como irmão amado” (v. 16) (Baxter).
Ensinamento: O nome Onésimo significa “proveitoso” – Scofield
Podemos aprender aqui que o passado de um novo crente não deve ser lembrado a não ser para edificação ou exortação no bem.
Há ocasião de sofrer dano físico ou financeiro para ter paz entre irmãos (v. 18).
Há uma impressionante analogia da história da redenção – Bíblia Vida.
C. As Epistolas Gerais e Pessoais (Hebreus, Tiago, 1 Pedro, 2 Pedro, 1 João, 2 João, 3 João, Judas)
Paulo e Barnabé foram aos gentios (todas as epístolas até aqui) e Tiago, Pedro e João foram aos judeus (todas as epístolas daqui para frente (Gl 2.9).
Estes Epístolas Gerais e Pessoais são distintivamente aos Judeus e não mencionam a certeza da salvação quanto as epístolas às igrejas (Romanos – 2 Tessalonicenses) ou as pastorais (1 Timóteo – Filemon) que são escritas aos salvos, Gentio e/ou Judeu (Baxter). A falta dos Judeus de se manterem firme às promessas é tratada como se fosse a aceitação por Deus, era de inteira responsabilidade do homem, que numa certa maneira é. Cristo é apresentado como o meio de ser aperfeiçoado diante de Deus (Hb 10.8-18) junto a necessidade de continuar obediente nEle nem na ordem do Velho Testamento pois a fé é morta sem as obras (Tg 2.21-26).
O Evangelho apresentado nestas Epístolas é o mesmo apresentado nas anteriores só com a diferença do ponto de vista dado. As anteriores são dadas aos Gentios e explicado como os Gentios podem entender, estas aos Judeus e explicado como os Judeus podem identificar.
1. Hebreus
Tema: Cristo é Superior de Moisés e da Lei
Tempo: 62 d.C. (Matthew Henry)
Autor: Paulo é aceito como o autor na maior parte dos manuscritos antigos (Poole). Há características comuns de Paulo (2 Ts 3.17,18; Hb 13.25). Obs.: Anote quais epístolas terminem com tal saudação.
Paulo escreve às tribos dispersas que confiam em Cristo como Salvador. São chamados “Hebreus” pois este foi um título de Deus (Ex 3.18) e de Abraão o progenitor dos judeus (Gn 14.13).
Foi escrito num tempo que os Judeus crentes eram tentados a voltarem à lei e estavam vacilando na sua fé.
Ensinamento: Paulo mostra aos Hebreus que eles não ficaram menos Judeus por crerem em Cristo pois tudo que Moisés representava era para mostrar Cristo como o meio a ser aperfeiçoado. Cristo é a verdade que os tipos e símbolos apontavam.
Paulo mostra que os tipos e símbolos da lei eram fracos para purificar a consciência ou trazer alguém a Deus. Cristo é quem é firme e imutável até o fim.
Para mostrar Cristo superior à lei e os tipos e símbolos da lei Paulo sistematicamente mostra Cristo superior.
Cap. 1 – A Divindade de Cristo
Cap. 2 – A Humanidade de Cristo
Cap. 3 – 4.13 – Profeta superior de Moisés
Cap. 4.14-5:9 – Sacerdote superior de Arão
Cap. 5.10-7:28 – Rei e Sacerdote superior de Melquisedeque
Cap. 8 – Aliança melhor que a de Moisés
Cap. 9-10.18 – Cristo é além dos sacrifícios, ordenanças e administrações de Leví
Cap. 10.19-13.20 – Os deveres devem ser levados a sério para glorificar Deus em Cristo
Cap. 13:20,21 – Oração solene para terem força obedecer
Cap. 13:22-25 – Saudação usual de Paulo
Para entender melhor este livro compara ele com o Levítico no Velho Testamento.
2. Tiago
Tema: A Manifestação da Fé Verdadeira
Tempo: 61 d.C. A data exata é difícil determinar. Uns dizem que foi o primeiro de todos os escritos do N.T. e outros o colocam pouco antes de Hebreus.
Autor: Tiago – Há três Tiago no N.T.: Lucas 6.14-16. Tiago, filho de Zebedeu e irmão de João (morto em Atos 13.2); Tiago, filho de Alfeu; Tiago irmão de Jesus (Mt 13.55; Mc 6.3) também chamado, Tiago, o menor (Mc 14.40). O escritor desta epístola é o irmão de Jesus, de grande estatura na primeira igreja em Jerusalém (Gl 2.9). Os historiadores do primeiro século escrevem que Tiago foi um mártir no ano 62 d. C. (Baxter, pg. 283,285).
Tiago está escrevendo “às doze tribos que andam dispersas” (1.1) que eram “irmãos” e ensinou estes como cumprir a lei e serem Judeus completos. Levou tempo para amadurecimento nos Judeus, uma vez que eram Cristãos, a deixarem os traços da obediência da lei como uma obra e viverem só na graça. Tiago os exorta, não de deixar a lei e fazer nada, mas de completar a lei cumprindo o espírito da lei que é aquela obediência que traz louvor a Deus e não opera o aperfeiçoamento do homem diante de Deus.
Ensinamento: Como Paulo, na maior parte das vezes, escreveu às pessoas que deram maior ênfases às obras do que a fé, Tiago escreve às pessoas que dão mais ênfase à fé que as obras. Os escritos dos dois mostram o ensinamento necessário para equilibrar a obediência de cada um. Paulo ensinou fé como o meio à salvação. Tiago ensina que as obras são produtos daquela fé salvadora (Matthew Henry). A fé justifica o pecador; as obras justificam a fé (Baxter).
As obras boas de uma fé certa são vistas:
Cap. 1 – Reação positiva às provações
Cap. 2 – Aceitação de todas as classes de povo
Cap. 3 – A importância de uma língua santa
Cap. 4-5.6 – Santidade nas emoções
Cap. 5.7-20 – O fim está vindo, portanto obedeça já!
3. 1 Pedro
Tema: Sofrimento e Glória
Tempo: 60 d.C. Logo a ira do imperador Nero será realidade contra os crentes, judeu e gentio.
Autor: Pedro, o Apóstolo, esta escrevendo aos “estrangeiros dispersos”, os judeus dispersos desde que os Assírios e Babilônios tomaram controle (Assíria 721 a.C. Israel, norte; Babilônia 586 a.C. Judá, sul). Pedro “confirma teus irmãos” que passarão aflição dando os explicações e exortações que fiquem firmes nas verdades de Deus (Lc 22.31,32).
Ensinamento:
Cap. 1-2.10 A ESPERANÇA VIVA – O Que É.
Esperança Viva 1.3 e a nossa reação com ela
Palavra Viva 1.23 e a nossa reação com ela
Pedra Viva 2.4 e a nossa relação com ela
Cap. 2.11-4:10 A VIDA DE PEREGRINO E FORASTEIRO – Como Viver Ela
Cidadãos 2.12-17
Empregados 2.18-25
Casados 3.1-7
Diante dos outros e sofrimentos 3.8-4.6
Com os outros crentes 4.7-11
Porque? 4:11 – A Glória de Deus.
Cap. 4.12-5.8 A ARDENTE PROVA – Como Vencer
4.13 – a glória vem depois da tribulação
5.1-4 – Pastores, sejam fieis
5.5-7 – Jovens, sejam puros
5.7 – Ele tem cuidado de vós
5.8,9 – Lembrança: Seja Fiel
5.10-14 Saudação
4. 2 Pedro
Tema: Lembre Bem para não Cair
Tempo: 66 d.C.
Autor: O Apóstolo Pedro está escrevendo esta segunda epístola uns seis anos depois da primeira. Pedro está sabendo que logo virá a sua morte (1.14) que aconteceu mesmo uns dois anos depois em 66 d.C. (Baxter)
Ensinamento: Pedro ensina aos crentes que é necessário lembrar o que tem aprendido para não cair da fé e ser achado seguindo outras doutrinas que estavam sendo e que serão expostas. A primeira epístola anima os irmão a serem fiéis quando tem aflições físicas, essa segunda quando tiver aflições espirituais.
Lembre-se da verdade (1.12-15; 2:4-9; 3.1,2,5-9) pois o perigo é presente. Não sejam esquecidas (1.12-15) e não sejam enganados (2.1-3,12-22; 3.3,4).
O tempo do último juízo virá mesmo (3.9,10). Não sejam enganados pela heresia a ser infiel à doutrina verdadeira (3.17). .Em vez de esquecer-se da verdade, seja ocupado:
obedecendo enquanto espera o cumprimento das promessas (3.11, 12-14)
aprendendo ainda mais da verdade (1.2,3-7; 3.18)
na afirmação da fé (1.10-11)
na lembrança do que já a tem passado (2.4-9; 3.5-9,15,16)
Pedro continua dando esperança aos crentes mesmo na presença da aflição. Serve isso para o nosso dia tanto quanto o seu. A esperança vem na firmeza do conhecimento da verdade (1.2; 3.18) e na obediência da verdade (1.5-8; 3.11,12).
5. 1 João
Tema: O Gozo de Filho (1.4)
Tempo: 90 d. C.
Autor: João, o amado apóstolo, é o autor. Compara 1 João 5.13 com João 20.31 e estes com João 21.20 (João 13.25).
João, no tempo em que foi escrita esta carta, é o último apóstolo ainda vivendo, e de idade avançada.
Lembre-se época em que o mundo está vivendo pois há muita heresia espalhado, mestres falsos, e aflições por fora. João escreve, já velho, para tirar a confusão das mentes dos crentes, confortar e firmar todos no andar verdadeiro.
Ensinamento: Comunhão com Deus é baseada em FATOS (1.1-3,5,7; 2.24; 3.10, 19-24; 4.14):
Fato de Deus – “sabemos” 2.3; 3.4,5; 4.13; 5.19,20
Fato de Obediência – 2.3-5
Fato do Futuro – 2.18-20; 3.2,3
Fato do Andar Certo – 2.29
Fato da Natureza Nova – 3.6,9; 5.18
Fato de Confissão – 4.1-3,5-6,15
Fato do Espírito – 4.1-3,13; 5.6-8,20
Fato de Cristo – 5.5-6,13
Fato de Oração – 5.14-16
Comunhão com Deus é baseada num ANDAR PURO: (1.5-10; 3.7; 5.17-21)
Por Cristo – 2.1,2; 5.5,6,20
Pela Perdão – 1.9
Pela Obediência – 4.2-5
Comunhão com Deus é baseada no AMOR VERDADEIRO:
Com os Outros – 2.7-11 (João 12.34,35; 15.12); 3.11,12,18; 4.7-12
Com Deus (não o mundo) – 2.15-17; 4.16-21
Verifique se você pode achar as correntes de verdade existente no livro:
  • Amor cristão mútuo
  • Vivendo em Cristo e em Deus
  • Distinguindo a verdade do erro
  • Característicos do novo nascimento
  • A relação do crente com o mundo
6. 2 João
Tema: Continuar na Verdade
Tempo: 90 a. C.
Autor: João, O Ancião
Ensinamento: Há uma relação entre o amor e a verdade nesta segunda epístola geral de João. “As idéias principais da epístola são o amor, a verdade e a obediência, que em parte se complementam entre si. A obediência sem amor é servil; o amor sem obediência é irreal; nenhum dos dois elementos pode florescer fora do ambiente da verdade.” (Bíblia Vida)
O livro pode ser dividido em duas partes:
  1. – equilibra o amor pela verdade, e vice-versa
  2. – vigiai pela verdade em si própria
Veja na primeira parte em cada versículo menciona o equilíbrio necessário para andar na vida Cristã. Lembra muito de João 4.24, “em espírito e em verdade.”
Na segunda parte há um equilíbrio entre a preservação de deus dos Santos e a perseverança dos santos. Há uma necessidade dos santos de “Olhai por vós mesmos, para que não percamos o que temos ganho” (v. 8). Mas a capacidade de perseverar na fé vem mesmo de Deus (Fp 2.13) Quem nos preserva (Jo 10.28-29). Se há os que não perseveram na fé, segundo 2 Jo 9, este não tem a Deus.
É uma grande verdade que há muitos que aparecem e até agem como “crentes” que só tem uma experiência religiosa ou outra substituição da verdade de salvação só em Cristo (Mt 7.15-29).
Há muita especulação de quem é “a senhora eleita”. Alguns dizem que é a igreja, e os filhos são as igrejas que foram organizadas por ela. Outros dizem que é uma senhora na casa da qual a igreja reúne. Mas pode ser só uma mãe cristã a quem João está escrevendo. Cada leitor precisa chegar à sua própria conclusão. Sendo uma epistola à uma mãe cristã parece o mais conveniente.
7. 3 João
Tema: Praticando a Verdade
Tempo: 90 a. C. + ou –
Autor: João, O Presbítero
Ensinamento: Há três homens mencionados nesta epístola que podem nos exortar muito:
Gaio – (At 19.29; 20.4; Rm 16.23; 1 Co 1.14) um nome comum no mundo Romano tanto quanto José é um nome comum na América latina hoje. Por isso, não sabemos com exatidão se este Caio em 3 João é o mesmo que Paulo e Lucas mencionaram.
De Gaio, podemos saber que é amado pelo João (v. 1), “andas na verdade” (v. 2), cuidava dos “estranhos” (v. 5) [que eram servos do Senhor, viajando e pregando (v. 7), que depois deram testemunho nas igrejas do “seu amor” (v. 6)], e era preocupado com o mal que estava andando na igreja ao ponto de precisar de ser animado de focalizar continuamente o seu esforço à sua obediência e deixar os que praticavam o mal receber de Deus o fruto das suas ações (v. 11).
De Gaio aprendemos que praticar a verdade pode ser cansativo (v. 2), e que servindo o Senhor em amor com tudo que tem alegra muito os servos de Deus.Devemos proceder “fielmente em tudo o que fazes” (v. 5) fazendo tudo pelo “seu Nome” (v. 7). Amando o Senhor com o que temos, e sendo fiel nisso pelo seu Nome, tornamos ser “cooperadores da verdade” (v. 8).
Diótrefes – não mencionado por nome em nenhuma outro lugar. Deste homem podemos saber que ele “procura ter entre eles o primado” (v. 9), proferiu contra João “palavras maliciosas” (v. 10) e não quis participar no cuidado dos “estranhos” (v. 5) que eram “irmãos (v. 10), e até quis proibir os outros de cuidar dos irmãos lançando estes “fora da igreja” (v. 10). Das ações deste homem na igreja podemos aprender que entre a igreja pode existir os que amam mais a si (incrédulos – “não tem visto a Deus” v. 11; Mt 7.23). Quando existe estes devemos aprender de não seguir “o mal, mas o bem” (v. 11). Não desvie de fazer o bem por causa dos que fazem o mal. Deus cuidará destes.
Demétrio – Um homem do mesmo nome é mencionado também em Atos 19.24, 38. Não sabemos se é o mesmo ou não. Se foi o mesmo podemos dar graças a Deus pela a sua salvação pois agora este anda segunda “a mesma verdade” (v. 12). Podemos aprender de Demétrio que mesmo as nossas obras na igreja não destaquem tanto quanto os outros o praticar da verdade nos marca como um verdadeiro testemunho e este testemunho alegra os outros que estão si esforçando de praticar a verdade. Sempre convém praticar a verdade.
8. Judas
Tema: Batalhando pela Fé
Tempo: 65-68 a. D. (?) – Huckabee
Autor: Judas foi um nome muito comum no Novo Testamento: (1) Judas Iscariotes. (2) Judas, “não o Iscariotes” João 14.22, talvez o mesmo de Lebeu Mt 10.3 (Tadeu e Judas sendo um nome por igual) que foi um apóstolo e irmão de Tiago, Lc 6.16; At 1.13. (3) Judas o irmão de Jesus, Mt 13.55; Mc 6.3. (4) Judas, o galileu, At 5.37. (5) Judas de Damasco, At 9.11. (6) Judas, chamado Barsabás, At 15.22,27. É muito provável que o autor deste livro é o terceiro na lista. Jesus tinha outro irmãos, mas ele foi o primogênito Sl 68.9; Mt 13.55; Mc 6.3
Ensinamento: Há muito comum entre a escritura de Pedro, especialmente ( Pedro 2) e este de Judas. Pedro fala que “haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição” (2 Pd 2.1). Judas fala destes “homens ímpios, que convertem em dissolução a graça de Deus, e negam a Deus, único dominador e Senhor nosso, Jesus Cristo.” (V.4).
Retrato do falso:
v. 4 desprezam a graça de Deus e negam a Deus na pessoa de Jesus Cristo
v. 8 contaminam a sua carne e rejeitam qualquer superioridade
v. 10 dizem mal do que não sabem e usam o que sabem para proveito do pecado
v.11-13 tem aparência sem efeito
v. 16 operam as obras da carne (Gl 5.19-21)
v. 18 crentes na confissão mas sem o Espírito
Como Deus cuida dos falsos:
v. 5 destruiu os que não creram no deserto (Moisés)
v. 6 reservou na escuridão e em prisões eternos até ao juízo os anjos que caíram
v. 7 deu os de Sodoma e Gomorra para sofrerem a pena do fogo eterno (Gn 19.24-25)
Nossa reação diante dos falsos: v. 3
batalhar pela fé na vida:
v 21 vive a verdade
v. 9 não entra na carne
v. 22 não esquece da compaixão
batalhar pela fé esperando que o Senhor faz a justiça:
v. 9 O Senhor te repreenda
v. 14,15 Deus fará juízo contra todos os ímpios
v. 24,25 Deus é poderoso
Portanto: mantenha-se firme na fé e não siga os que serão destruídos por Deus. Temos a palavra de Deus e não há razão de desviarmos da verdade por qual vem a severidade do juízo de Deus.
D. A Epístola Profética
Apocalipse
1. Apocalipse
Tema: A Revelação de Jesus Cristo ou Cristo Tomando o que É dEle
Tempo: 95 d. C.
Autor: João, O Teólogo (titulo e 1.4) escreveu este enquanto estava exilado na ilha de Patmos (1.9)
Este é o mesmo que escreveu o Evangelho de João e as três epistolas (1, 2 e 3 João). Ele escreveu às sete igrejas na Ásia (1.4,11)
Ensinamento:
O resumo do livro (1.7) mostra:
    1. Cristo vem com as nuvens
    2. Todo olho o Verá
    3. Todos da terra se lamentarão sobre Ele
alguns em temor e desespero – Ap 6.16-17
alguns em arrependimento – Rm 11:26; Zac 12:10
  1. Os crentes são seguros, “Sim. Amém” (Ap 22:20)
O plano do livro se vê em 1:19:
1. As que tens visto (passado) capítulo 1
2. As que são (presente) capítulos 2,3
3. As que depois hão de acontecer (futuro) capítulos 4-22
Os sinais e visões que têm no livro são símbolos que expressam realidades e verdades reais.
O Tempo presente 2.1-3:22
O Arrebatamento – 4.1
A Tribulação – 4.2-18.24
A Segunda Vinda -19.1-21
O Milênio -20.1-6
A Guerra de Gog e Magogue – 20.7-10
O Julgamento Final – 20.11-15
O Porvir Eterno – 21,22
Até a vinda de Cristo, há esperança de misericórdia. Depois disso, há uma finalidade (22.11). A mensagem final do livro é “quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida.” (22.18). Cristo é a mensagem da Bíblia do começo até o fim. Se perder Cristo, perde esperança. Se tiver Cristo, tem tudo para agora e para o porvir. “A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com todos vós. Amém.” (22.21).
BIBLIOGRAFIA
A Bíblia Sagrada, Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, São Paulo, 1994.
BAXTER, J Sidlow. Explore the Book
CUNNINGHAM, Bob. Things Hereafter
HENRY, Matthew. Matthew Henry’s Commentary on the Whole Bible. Guardian Press, Grand Rapids, 1976.
HOLMAN, A. J. Bíblia Sagrada com esboços e sínteses. Editora Vida, 1981.
HUCKABEE, D.W. Studies in Jude
POOLE, Matthew. Matthew Poole’s Commentary on the Holy Bible, MACDONALD PUBLISHING COMPANY, MCLEAN,
Red Family Bible, USA
SCOFIELD, C.I. A Bíblia Sagrada com referências e anotações, Spanish Publicators, Inc., 1987
White Family Bible, USA
World Book Encyclopedia, EUA